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O Romantismo Brasileiro foi um movimento literário e artístico que floresceu no Brasil entre os anos de 1836 e 1881. Nesse período, os autores românticos brasileiros buscavam retratar a realidade do país, explorando temas sociais, políticos e culturais. Também  a valorização do índio como herói nacional, a exaltação da natureza tropical, o amor idealizado e impossível, a morte como fuga da realidade, a crítica social e a liberdade de expressão.

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Contexto Histórico do Romantismo no Brasil

Romantismo no Brasil teve como marco inicial a publicação da obra “Suspiros Poéticos e Saudades”, de Gonçalves de Magalhães, em 1836. Esse movimento literário foi profundamente influenciado pelo contexto histórico da época:

  1. Chegada da Família Real Portuguesa (1808): Com a chegada da Família Real ao Brasil, o país deixou de ser uma colônia de exploração e se tornou a sede do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Isso resultou em uma série de modernizações, como a criação da imprensa brasileira, a fundação do Banco do Brasil e a abertura dos portos às nações amigas.

  2. Identidade Nacional: O Romantismo brasileiro surgiu com o desejo de definir uma identidade própria para o país e estimular o nacionalismo entre seus cidadãos. Era um momento de transformação, em que o Brasil deixava de ser apenas uma colônia e se afirmava como nação independente.

  3.  As obras românticas refletiam os ideais da burguesia do século XIX, que havia superado os regimes absolutistas em diversos países. Algumas características marcantes do Romantismo brasileiro incluem:
    1. Egocentrismo: Culto ao “eu”, com o indivíduo como centro da existência.
    2. Nacionalismo: Valorização das raízes e da cultura brasileira.
    3. Exaltação da Natureza: A natureza era vista como cúmplice do sujeito, inspirando sentimentos e emoções.
    4. Idealização do Herói, do Amor e da Mulher: Os heróis românticos eram figuras idealizadas, e o amor e a mulher eram temas recorrentes nas obras.
    5. Fuga da Realidade: Por meio da morte, do sonho, da loucura ou da arte, os românticos buscavam escapar da realidade.

    Principais Autores e Obras

    Alguns dos principais autores do Romantismo brasileiro são:

    1. José de Alencar: Autor de romances como “Iracema” e “Senhora”.
    2. Gonçalves Dias: Conhecido por seus poemas, como “Canção do Exílio”.
    3. Álvares de Azevedo: Autor de obras como “Noite na Taverna”.
    4. Casimiro de Abreu: Autor do famoso poema “Meus Oito Anos”.
    5. Castro Alves: Poeta abolicionista, autor de “Navio Negreiro”.

      Professora, e quanto às gerações românticas?


      O Romantismo brasileiro se manifestou tanto na poesia quanto na prosa, e pode ser dividido em três gerações na poesia e em quatro tipos na prosa.

      Na poesia, as três gerações foram:

      • A primeira geração, também chamada de indianista ou nacionalista, que teve como principais autores Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Araújo Porto-Alegre. Essa geração se caracterizou pela exaltação da pátria, da natureza e do índio, como forma de construir uma identidade nacional. Um exemplo de poema dessa geração é Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, que começa com os famosos versos: “Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá”.
      • A segunda geração, também chamada de ultrarromântica ou mal-do-século, que teve como principais autores Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire. Essa geração se caracterizou pelo pessimismo, pelo individualismo, pelo sentimentalismo exagerado, pela idealização da mulher e pela morte como solução para o sofrimento amoroso. Um exemplo de poema dessa geração é Lira dos Vinte Anos, de Álvares de Azevedo, que expressa o conflito entre o amor e o erotismo, a vida e a morte, o sonho e a realidade.
      • A terceira geração, também chamada de condoreira ou social, que teve como principais autores Castro Alves, Sousândrade e Tobias Barreto. Essa geração se caracterizou pelo engajamento político e social, pela defesa da liberdade, da justiça e da igualdade, pela denúncia da escravidão e da opressão, pela linguagem grandiosa e eloquente. Um exemplo de poema dessa geração é Navio Negreiro, de Castro Alves, que retrata os horrores do tráfico de escravos e faz um apelo à humanidade.

      Na prosa, os quatro tipos foram:

      • O romance urbano, que teve como principal autor José de Alencar, e que retratou os costumes, os conflitos e as relações amorosas da sociedade carioca do século XIX. Um exemplo de romance urbano é Senhora, de José de Alencar, que narra a história de Aurélia Camargo, uma moça rica que compra o amor de Fernando Seixas, seu antigo namorado que a abandonou por dinheiro.
      • O romance regionalista, que teve como principais autores José de Alencar, Bernardo Guimarães e Franklin Távora, e que retratou as paisagens, os costumes, os tipos humanos e os problemas sociais das diferentes regiões do Brasil. Um exemplo de romance regionalista é O Sertanejo, de José de Alencar, que narra a história de Arnaldo Loureiro, um vaqueiro valente e apaixonado que vive no sertão nordestino.
      • O romance histórico, que teve como principais autores José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo, e que misturou fatos históricos com ficção, criando personagens e situações imaginárias em um cenário real do passado. Um exemplo de romance histórico é A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, que narra a história de amor entre Augusto e Carolina, que se conhecem em uma ilha onde acontecem as comemorações do Dia de Sant’Ana, no Rio de Janeiro do século XIX.
      • O romance indianista, que teve como principal autor José de Alencar, e que valorizou o índio como protagonista, herói e símbolo da nacionalidade, apresentando-o como um ser nobre, corajoso, leal e puro. Um exemplo de romance indianista é Iracema, de José de Alencar, que narra a história de amor entre a índia Iracema, filha do pajé da tribo dos Tabajaras, e o português Martim, fundador do Ceará.















       ‘’Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.

        Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
        O favo do jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
        Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
        [...] Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se.
        [...] Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gostas de sangue borbulham na face do desconhecido.
        [...] O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu. Porém a virgem lançou de si o arco e a uiracaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara.’’

      *Retirado do livro: Iracema.

      Análise simples do livro

        No romantismo, predomina uma visão idealizada da mulher, sempre associada com a natureza. Iracema é descrita em constantes comparações com a beleza exuberante das florestas brasileiras. Tanto que as figuras de linguagem mais presentes neste livro são a comparação e a metáfora.
        Outra característica típica do romantismo presente neste livro é o amor trágico. As histórias românticas terminam ou em finais felizes ou em finais trágicos, com a morte da protagonista, como é o caso deste livro.

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