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REALISMO em PDF
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Realismo e Naturalismo
Qual a diferença entre Realismo e Naturalismo?
O Realismo é uma vertente literária que se concentra em retratar a vida
e o dia-a-dia da pessoa comum. Enquanto isso, apesar do naturalismo também
retratar a vida dos indivíduos, coloca um aspecto científico à peça literária,
dando mais ênfase nas influências da vida humana.O Realismo lidava com assuntos
que descreviam o cotidiano das pessoas comuns, sendo uma espécie de relato dos
acontecimentos cotidianos das classes média e baixa da sociedade.Por outro
lado, o naturalismo se concentrava em tópicos mais sombrios que envolviam a
vida do homem comum. Esses tópicos incluíam prostituição, violência, corrupção,
vício e outros tópicos.
Realismo |
Naturalismo |
|
Definição |
O realismo é um movimento
literário caracterizado pela representação da vida real. |
O naturalismo é a consequência do realismo literário,
influenciado por teorias científicas. |
Características |
|
|
Abordagem |
Retrata o dia-a dia-de pessoas
comum. |
O naturalismo retratou como o ambiente, a hereditariedade e
as condições sociais controlam o ser humano. |
Temas |
Romances realistas usam temas
como sociedade, classe social, etc. |
Romances naturalistas usam temas como violência, pobreza,
corrupção, prostituição |
Retrato Social |
Geralmente escreve sobre
famílias de classe média ou pessoas comuns. |
Geralmente focado em sujeitos de classes mais baixas. |
Primeira obra |
Madame Bovary (1857), de Gustave
Faubert. |
Thérèse Raquin (1867), de Émilie Zola. |
Principais
autores e obras no Brasil |
Machado de Assis (Memórias
Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro) e Raul Pompeia (O Ateneu). |
Aluísio Azevedo (O Mulato, O Cortiço) e Adolfo Ferreira
Caminha (A Normalista). |
Definição e características do Realismo
O Realismo como movimento literário surgiu na França em 1848 e depois se
espalhou pela Europa e pelo resto do mundo. Foi visto como uma tentativa de
descrever as vidas das classes baixa e média, como uma reação ao Romantismo,
que” focava” histórias de realeza, sentimentalismo,figura de herói,
escravagismo entre outros.
Apresentando histórias da classe trabalhadora, o realismo rompeu com o
estilo tradicional. Não havia heróis românticos ou divindades fascinantes,
apenas histórias sobre pessoas comuns com as quais as massas poderiam
facilmente se identificar.
Suas obras não empregam convenções artísticas ou eventos improváveis e
sobrenaturais. Autores realistas contam histórias sobre experiências cotidianas
de pessoas comuns de forma direta e objetiva. Entre suas principais
características estão o objetivismo, a narrativa lenta, uso de linguagem direta
e adjetivos realistas.
A partir da segunda metade do século 20, as concepções estéticas que
nortearam o ideário romântico começaram a perder espaço. Uma nova tendência,
baseada na trama psicológica e em personagens inspirados na realidade, toma
conta da literatura ocidental. Estava inaugurado o Realismo-Naturalismo.
No Brasil, essa passagem ocorre em 1881, com a publicação de Memória
Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis (1839-1908), e de O Mulato,
de Aluísio Azevedo (1857-1913). Enquanto o livro de Machado apresenta acentuado
viés realista, o de Aluísio é claramente naturalista.
O Realismo brasileiro é completamente diferente do europeu. A obra de seu
principal autor, Machado de Assis, escapa de qualquer tentativa de
classificação esquemática.
Na fase madura, Machado produz uma
literatura essencialmente problematizadora. Com minuciosa investigação
psicológica, ele indaga a existência humana. Ele ainda substitui o determinismo
biológico por acentuado pessimismo existencialista e discute temas como a
relatividade da loucura e a exploração do homem pelo próprio homem.
A intertextualidade e a
metalinguagem marcam o estilo de Machado. O uso da linguagem poética, do jogo
proposital de ambigüidades, da recuperação de lugares comuns e do
microrrealismo psicológico também são características fundamentais da obra
machadiana. Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires
são alguns romances do autor.
Definição e características do Naturalismo
O Naturalismo foi tipo uma
“evolução” do Realismo, um viés, uma ramificação, uma leitura diferente do que
seria o propósito realista, que se tornou popular durante a década de 1880.
Nele, foi acrescentada a lógica, uma maior objetividade e demonstração de
fatos, concentrando-se no método científico e na observação.
Os naturalistas evitavam o sobrenatural, o simbolismo e a
fantasia. Apesar de
também expor o dia-a-dia de pessoas comuns, o naturalismo mostrava um lado mais
sombrio da sociedade. Suas obras abordavam temas como a corrupção, pobreza,
violência, prostituição e miséria.
O uso dessas temas sombrios fez
com que os naturalistas fossem frequentemente criticados por serem muito
pessimistas.
Dentre as principais características
do Naturalismo estão o realismo exagerado, o uso
de linguagem simples e regionalismos, a impessoalidade, o ser humano mostrado
como animal, sensualismo e erotismo, e objetivismo científico.
O principal autor naturalista no Brasil é Aluísio Azevedo. O determinismo
social predomina em sua obra, construída através de observação rigorosa do
mundo físico e da zoomorfização das personagens. Aluísio é autor de O mulato,
Casa de pensão e O cortiço, obras com acentuado caráter
investigativo e cuidadosa análise de comportamentos sociais.
Embora o Naturalismo seja mais
conhecido pela literatura, sendo visto como um movimento literário, ele também
se manifestou na pintura e no teatro. Vamos analisá-lo de acordo com alguns
exemplos de obras literárias publicadas, mas vale ressaltar que as
características eram praticamente as mesmas em todas as artes.
O Naturalismo teve início na
França, oficialmente no ano de 1870, como uma ramificação do Realismo de uma
forma mais radical, podemos dizer. O livro que é considerado como marco inicial
desse movimento artístico é “Germinal”, de Émile Zola. Essa obra é focada nas
condições de vida degradantes dos trabalhadores franceses das minas de carvão
do século XIX.
A base sobre a qual o Naturalismo
se desenvolve é a observação fiel da realidade, sobretudo no que diz respeito
ao comportamento do homem como ser humano, psicológico e social. O indivíduo é
retratado praticamente como um animal, dominado por seus instintos. Devido a
isso, o movimento abordava muito a violência, agressividade e o erotismo,
sendo, portanto, um choque para a sociedade conservadora da época.
Lembra que dissemos no início que
a arte reflete o contexto social em que está inserida? Com o Naturalismo, não
foi diferente, ele coincide justamente com um período em que os estudos na área
de Biologia, Psicologia e Sociologia eram uma grande tendência. É também no
século XIX que começam a surgir novas concepções a respeito do ser humano e da
vida. Tudo isso é claramente perceptível no romance naturalista.
As principais características desse movimento são as
seguintes:
• Cientificismo marcante e, muitas vezes, exagerado,
colocando o homem e a própria sociedade como um todo na posição de objetos
passíveis de experimentação;
• O sexo começa a ser explorado na literatura como instinto
humano;
Linguagem extremamente simples, sem rebuscamento ou recursos
que dessem margem a múltiplas interpretações. É direta, objetiva e que prioriza
o coloquialismo;
• Temas polêmicos são retratados, como o adultério, homossexualidade,
desejos sexuais, problemas sociais, miséria e outros;
• O ser humano é um produto do meio em que vive e das suas
características biológicas. É o chamado Determinismo Social e Biológico,
segundo o qual, uma pessoa é condicionada por esses fatores e não pode fugir
disso;
• Influência do Evolucionismo de Darwin e do Positivismo de
Comte;
• Descrições muito minuciosas das pessoas e dos ambientes;
• A denúncia de problemas sociais era uma forma de expressar
o desejo de reformar a sociedade.
Aqui em nosso país, o movimento em
questão chegou alguns anos depois. O marco inicial do nosso Naturalismo foi a
publicação do livro O Mulato, de Aluísio Azevedo, no ano de 1881. Vale lembrar
que aqui também o Naturalismo e o Realismo se desenvolveram juntos, e ainda
dividiram espaço com o Parnasianismo, focado na beleza e na poesia.
Mas focando no Naturalismo, os escritores que fizeram parte
dessa escola no Brasil buscaram retratar a realidade local, analisando a vida
nos cortiços, a discriminação racial e outros problemas sociais que estavam
“fervendo” na época. Embora esses fossem os panoramas gerais das obras, havia
uma tendência em focar mais na alma do ser humano e em seu comportamento falho,
por isso, é muito difícil encontrar livros que mencionem questões importantes
do período, como a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República.
O livro O Mulato, primeiro romance
naturalista brasileiro, fala sobre um relacionamento homossexual entre dos
marinheiros, mas também sobre a traição e sobre as condições de vida e de
trabalho precárias a que eram submetidos os trabalhadores do navio. A obra foi
um choque.
Aluísio Azevedo tem outra
publicação extremamente conhecida: O Cortiço, que se passa nesse tipo de
habitação e mostra, de forma primorosa, como o meio era capaz de influenciar as
pessoas que viviam nele. Muitos personagens vão se moldando no decorrer da
história por causa da sua interação com o cortiço. Aliás, esse é um dos
melhores livros para quem quer entender como pensavam os escritores naturalistas.
Além de Aluísio Azevedo, outros
nomes brasileiros foram importantes para esse movimento: Adolfo Caminha, Inglês
de Souza, Rodolfo Teófilo, Emília Bandeira de Melo, Carneiro Vilela, Manoel
Arão, Júlio Ribeiro e outros.
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